sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Caça ao blogger

Peço desculpa não ter escrito mais cedo, mas a culpa não minha, é sim dos assassinos de blogues. Eles não perdoam, começam de mansinho e depois apunhalam-nos pelas costas à primeira oportunidade. No inicio até dizemos: “olha que piu-piu bonito, é azul e tudo!” e quando viramos costas pumba (!), uma bicada na cabeça.
Pois é, agora estas modernices do “tudo em um” ,qualquer um pode pôr as suas fotos tiradas em tronco nu contra o espelho, e umas balelas que lhe dão o nome de “posts” no mesmo lugar. O meu sonho de utopia acabou-se de se desmoronar. Deste quando se junta mediocridade com arte?
“Devemos chamar os bois pelos nomes”, já a minha avó dizia. Não acho propriamente adequado “tentar” conciliar uma vida pessoal, com algo que deve ser usado como um meio de critica, e é apoiado consoante o engenho do autor. Não acho justo valorizar o trabalho de alguém por ser um garanhão ― e por tirar boas fotos contra o espelho – , e que, quando vamos ver, não consegue juntar duas palavras com sentido.
É verdade que também posso estar a exagerar um bocado. Talvez não seja assim tão linear. Mas não deixa de ser verdade que estas novos ideais banalizam a capacidade de reflexão de cada um. Mesmo que não queiramos, se lemos algo que não gostemos, podemos ser hipócritas ao ponto de dizer que está ali um bom trabalho, só porque está num perfil de alguém conhecido de uma rede social qualquer.
Passemos a ser críticos, porque senão os criadores de redes sociais pensam que estão a fazer um bom trabalho. Pelo menos falo por mim, mas não gostaria de sentir que os leitores começassem a meter nojo e a dizer que isto é bonito, porque fica bem. Se quiserem estão à vontade de me azucrinar a cabeça, porque só assim é que o produto final é concretizável.

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