quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Mitos de natal

Desde que as crianças viram um senhor de barbas branca e vestido de vermelho num reclamo de uma bebida, o Natal ganhou uma nova cara, o Pai Natal.
De facto existiu um senhor com uma função parecida mas não se vestia de pijama vermelho e botas de motoqueiro e não tinha cara de ir para o tasco beber uns valentes copos. A versão 1.0 do velhote não incentivava o consumo e não assinava um contracto de publicidade com a primeira empresa de brinquedos ou electrodomésticos que lhe aparecesse a frente.
A festividade em si também mudou um bocado, uma vez que a cada ano começa mais cedo o ataque ao consumidor, minando-o com engenhos, como por exemplo, as úteis ferramentas para retirar os caroços dos frutos secos.
O principal alvo da escumalha comercial é, sem duvida, o publico mais novo aliciando-os com , na maior parte das vezes, "lixo".
Mas esperem...por outro lado... os técnicos de marketing e produtores de brinquedos são pessoas dotadas de uma grande inteligência por conseguirem o que ninguém tinha atingido ate agora! Fatos de licra com super poderes e plástico que fala e voa!
Talvez estou a ser um pouco duro com eles... Afinal influenciar crianças é justo, elas também esmiúçam a cabeça aos pais sem pedir autorização.
Então, resumindo, podemos chegar a um novo consenso, um natal black edition (está na moda chamar black edition a coisas novas).
Reis magos estão fora de moda porque ter um indivíduo de raça negra para dois de raça branca e pode ser considerado racismo, o menino Jesus não pode nascer num local como aquele pois não teve os cuidados necessários após o parto, Maria estava num grupo de risco de contracção de gripe A e não foi vacinada e a ideia do burro e da vaca foi contestada pela protecção dos animais por serem da opinião que os animais recebiam maus tratos. Em vez disso, deixamos um indivíduo com ar de arruaceiro com um saco misterioso sobre as costas invadir propriedade para deixar um presente debaixo de um pinheiro dentro de casa que o menino(a) escolheram porque passou na televisão.
Penso que esta nova versão do Natal está melhor, já que uma mãe dar a luz num “estábulo” era perigoso.

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