quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Momentos de inspiração

Para mim, o dia de hoje vai ficar marcado, não pela permissão de casamentos entre homossexuais, mas sim pela obra de arte que vi ser elaborada diante dos meus olhos. Um trabalho de grande astúcia e tremenda qualidade foi exposto aqui perto do prédio. Esta obra foi produzida com o intuito de representar um presépio alternativo. Além das habituais figuras do presépio, (exceptuando os animais ) este contém elementos que marcam a história da arte, como por exemplo, pinturas que podem ser encontradas no tecto da Capela Cistina. Este é apenas um exemplo de verdadeira arte, se a compararmos com baldes de tinta atirados contra paredes ou os seres que partem guitarras na cabeça do individuo mais próximo enquanto demonstram o seu desejo de morrer em alto e bom som.
Actualmente a “arte” é ,infelizmente, criada às três pancadas. Muita gente pensa que cria arte, porque fez algo estupidamente anormal, que nunca tenha sido visto, mesmo que não demonstre grande piada, ou que seja horrivelmente feio. Não há ninguém que não consiga pegar num pincel e fazer dois riscos. O problema é fazer esses riscos de forma harmoniosa. Comecemos a consciencializarmo-nos que reflectir antes de escolher algo pode ser importante, se queremos que esta sociedade anda para algum lado. Não vamos dizer que pintar o tecto de uma capela deitado ou escrever da direita para a esquerda não é arte, ou Santana significa poluição sonora. Mesmo que não gostemos, devemos avaliar o trabalho do artista.
Criticar é muito bonito, fazer melhor é que é pior…

3 comentários:

  1. Coincidência dos diabos!! Fizeram um presépio exactamente igual na minha escola. Mas ainda bem, ao menos a arte, quando vem, vem aos pares!!

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  2. Quem faz trabalhos desta Natureza merece de facto vencer qualquer coisa

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  3. bom post Gonçalo
    na verdade eu também não gosto nada de abstraccionismo nem essas tretas
    mas a verdade é que para se chegar ao produto do que essas obras são, é preciso um grande trabalho um grande processo! não é fácil abstrair-se do real!
    aquilo que não gostamos não é não presta, temos de aceitar, porque se fores a ver pintores abstractos tem sempre um bom percurso académico, começando por realizar só coisas realistas, depois é que evoluem para se abstraírem do real!
    não é um processo fácil!

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